[LP] “Será que” e seus usos

Será que

Esquilo: Micolo J

Talvez você já deva ter ouvido falar ou lido em algum lugar frases utilizando “será que (…)?”.  O seu principal uso dá-se quando queremos denotar alguma dúvida em relação a alguma coisa (sendo que, por vezes, essa dúvida pode demonstrar algum tipo de preocupação frente a alguma pessoa ou alguma coisa ou, ainda, pode ser usado para pedir um favor ou permissão). Logicamente, pode-se usar as frases sem o “será que (…)”, porém o seu uso deixa claro e pontual a questão da dúvida, da indagação (podendo, por diversas vezes, deixar a intenção mais amena).

Vale ressaltar, ainda, que nesses tipos de frases, a oração é sem sujeito (ou, menos adequadamente, sujeito inexistente), pois não existe uma atribuição de alguém (centra-se no predicado – comentário). Note que a conjugação do verbo SER aqui é na terceira pessoa do singular (será) e no futuro do presente do indicativo, pois se trata de um verbo destituído de sujeito, ou seja, um verbo impessoal. Vejamos:

Será que vai chover amanhã?  → Aqui, temos um uso bem comum, expressando uma dúvida;

Será que eles já chegaram em casa? → Já, neste caso, além da dúvida, pode haver um sentido de preocupação;

Será que posso fechar a porta? → Também é uma dúvida, mas aqui no sentido de pedir uma permissão a alguém;

Será que você pode falar mais alto? → Do mesmo sentido do anterior, mas agora para pedir um favor a alguém.

Há outros casos que utilizam “será que (…)?” no intuito de construir outros diferentes questionamentos:

Com quem será que o Ricardo vai viajar?

Quem será que escreveu este livro?

Onde será que o Pedro está agora?

Para onde será que eles vão nas férias?

Por que será que a Andressa está chorando?

Como será que vamos para São Paulo?

Quanto será que custa este livro?

Qual será que é a casa da Viviane?

Como você pôde observar nos exemplos acima, basta-se usar pronomes/advérbios interrogativos no início da frase, antes do “será que (…)?”.

BÔNUS

A banda “Legião Urbana” tocava uma música chamada “Será” e que exemplifica muito bem o uso do “será que (…)?”. Segue, abaixo, o vídeo para apreciação:

SERÁ (Renato Russo)

Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender

Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
Acho que isso não é amor

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?

Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão

Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoismo
Não destrua nosso coração

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?

Brigar pra que?
Se é sem querer
Quem é que vai, nos proteger?
Será que vamos ter que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?

Até breve! µ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *